sábado, 20 de outubro de 2007

O que eu acho

Minhas opiniões a respeito de assuntos dos quais não li o suficiente não têm nenhum valor argumentativo. Assim, prefiro ficar quieto e entender um tema pela sua apresentação geral e suas características próprias, antes de concordar ou discordar de algumas proposições subordinadas a ele. É assim com o Islamismo. Apesar de já ter visto a sociedade islâmica em seus esquemas gerais, não tenho conhecimento de muito da mística, da poesia e das "ordens" islâmicas. Além disso, não li o Alcorão. Por conseguinte, não concordo nem discordo de idéias como a "sociedade sacra", que o Islã promove.

Mutatis mutandis, afirmo o mesmo do protetantismo. Não conheço profundamente os seus intérpretes e suas doutrinas. Não sei direito o que ele AFIRMA e o que há de aproveitável e digno nele, de maneira que só faço umas observações bastante despretensiosas sobre esse assunto. Aqui, cito algumas delas:

1. Lutero estava certo em criticar a Igreja por seus vastos bens temporais. É justamente dentro da burocracia e da administração eclesiástica que a santidade e a espiritualidade são menos fortes e menos consideradas. Quando foi construída a Basílica de São Pedro, comentou-se: "São Pedro já não pode mais dizer :"Não tenho ouro nem prata"".

2. Lutero não entendeu direito o que significa a sucessão apostólica, pois ataca a personalidade da Igreja, entendendo-a como a comunidade dos cristãos. Mas, em suas Teses, ele defende o papa e combate seus inimigos. É estranho que, depois de ser excomungado, sua grande admiração pelo Bispo de Roma tenha terminado...

 3. Lutero queria reformar a Igreja por dentro, persuadindo os religiosos a seguirem suas idéias e executarem seus projetos. Quando percebeu que a Igreja Católica inteira não iria mudar apenas por causa da teimosia de um monge alemão, saiu dela e passou a xingá-la de nomes lindos como "prostituta da Babilônia". Siceramente, isso é ridículo.

 4. Lutero não entendeu o que significam os Sacramentos. Eles não são apenas imposições humanas tremendamente inferiores à mensagem evangélica, e sim sinais do que é revelado pela própria Boa Nova. São "pontos de contato", símbolos rituais (o que não vale para a Eucaristia: esta é verdadeiramente uma renovação do sacrifício incruento de Jesus Cristo).   

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