sábado, 5 de maio de 2007

Catena Aurea

Fonte

Evangelho de São Mateus


Intróito


Isaias, o profeta que profetizou com maior claridade os mistérios do Evangelho, relatando em poucas palavras quão sublime é a doutrina evangélica, além do nome e do objeto dela, dirige-se em nome do Senhor ao doutor evangélico, nesses termos: “Subi à alta montanha, e anunciai a boa nova a Sião; elevai com força as vossas vozes, e anunciai a boa nova a Jerusalém; elevai a voz sem receios, dizei às cidades de Judá: Eis vosso Deus, eis o Senhor Deus em sua força, Ele dominará com braço forte e de suas mãos sairá o prêmio da vitória”. (Is 40) Comecemos pelo nome Evangelho.

— S. Agost. (contr. Faust. liv. 2, cap. 2.) Evangelho significa em latim boa notícia ou boa nova. Podemos empregá-la sempre que se anuncia uma notícia feliz, mas reservou-se-lhe o uso para designar a mensagem divina, anunciada pelo Salvador. Chamamos propriamente de Evangelistas os sagrados escritores que relataram o nascimento, os atos, as palavras e os sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

— S. Cris. (Hom. 1 sobre S. Mat.) Quem poderia dar-nos uma notícia mais feliz? Deus na terra, homem no céu, nossa natureza novamente na amizade de Deus, fim dessa tão longa guerra, o poder do diabo destruído, a morte liquidada, o paraíso franqueado, e todas as graças superiores à nossa natureza dadas liberalmente, não como recompensa dos esforços, mas como fruto do amor de Deus por nós.

— S. Agost. (da verdadeira relig., cap. 16.) Deus, cujos meios para curar as almas são infinitos, de acordo com as circunstâncias favoráveis do tempo de nascimento e com a disposição de divina sabedoria, mostrou-se sumamente bom em face do gênero humano quando seu Filho unigênito, consusbstancial e coeterno ao Pai, dignou-se juntar-se ao homem: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”, e aparecendo assim em meio aos homens como verdadeiro homem, demonstrou a elevada posição ocupada pela natureza humana dentro da criação.

— S. Agost. (serm. sobre a Nativ.) Deus fez-se homem, para o homem fazer-se Deus – eis a graça extraordinária que se deve publicar daí por todos os tempos. O Profeta predisse-a nesses termos: “Eis vosso Deus”.

— S. Leão, papa. (Carta 10, cap. 3.) Esse abatimento por que o invisível tornou-se visível, e por que o Criador, o Senhor Deus de todas as coisas, reduziu-se à condição dos mortais, era nele inclinação de misericórdia, não diminuição de poder.

— A Glosa. (interlin. sobre Isaias, XL.) A vinda de Deus à terra não acarreta o enfraquecimento de seu poder, e para que não acreditassem nisso, acrescentou o Profeta: “Eis que o Senhor vem em sua força”.

— S. Agost. (da dotr. crist., liv. 1, cap. 12.) Não veio singrando os espaços, mas apareceu aos olhos mortais, revestido da carne mortal.

— S. Leão, papa. (serm. 49 sobre a pass.) Acontece que o Deus verdadeiro, por um milagre de seus poderes inefáveis, revestiu-se de carne passível; o homem, por isso, obteve a glória pelo abatimento, a incorruptibilidade pelo suplício, a vida pela morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

— S. Agost. (do bat. das cr., r, 30.) A efusão do sangue inocente quebrou todas as correntes que submetiam o homem à vergonhosa escravidão do demônio.

— A Glosa. (interlin. sobre Isaias, 40.) Mas os homens não se libertaram do pecado por virtude da paixão de Jesus Cristo, mas por estarem submetidos ao imperio de Deus; por
isso, aquilo do Profeta: “Dominará com braço forte”.

— S. Leão, papa. (serm. sobre a paixão.) Recebemos um benefício tão poderoso de Jesus Cristo que nossa natureza passível libertou-se da submissão da lei da morte, pois é próprio a Nosso Senhor esse privilégio de imortalidade, podendo ressusitar quem estava condenado à morte eterna.

— A Glosa. (interlin.) Desta feita, Jesus abre-nos as portas da glória imortal, como exprime o Profeta, ao dizer: “Carrega consigo sua recompensa”; São Mateus declara o mesmo por essas palavras: “Grande é vossa recompensa nos céus”.

S. Agost. (contra Faust., liv. 4, cap. 2.) A promessa da vida eterna e do reino dos céus são privilégios do Novo Testamento; o Antigo só prometia bens temporais.

A Glosa. (sobre Ezequiel, 1.) O Evangelho ensina-nos quatro eventos sobre a pessoa de Jesus Cristo: a divindade uniu-se à natureza humana; a humanidade elevou-se nessa união; a morte do Filho de Deus livrou-nos da servidão, e a ressurreição franqueou-nos a vida eterna, conforme profetizou Ezequiel, na figura dos quatro animais.

— S. Greg. (sobre Ezequ., hom. 4.) O Filho unigênito de Deus fez-se verdadeiro homem; ele foi imolado como um touro no sacrifício da nossa redenção; saiu da tumba como um leão; voou como a águia para subir aos céus.

— A Glosa. (sobre Esequ., 1, 9.) A glória de sua divindade revelou-se na ascenção. Um homem figura a São Mateus, porque prestigiou sobretudo a humanidade de Jesus Cristo; O leão a São Marcos, porque conta-nos amiúde da sua ressurreição; O touro a São Lucas, porque trata do sacerdócio de Cristo; A águia a São João, porque penetrata os profundos mistérios da divindade.

— S. Ambrósio. (pref. sobre S. Luc.) Chamamos, por uma feliz comparação, o Evangelho segundo São Mateus de livro moral, e damos azo a essa interpretação figurada porque os costumes são próprios à natureza humana; São Marcos é a figura do leão, porque começa o Evangelho proclamando o poderio de Deus: “Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”; a figura do touro representa São Lucas, pois que inicia a narração por uma história sacerdotal, e os sacerdotes tinham o touro como uma de suas vítimas propiciatórias; finalmente, atribuem a águia a São João, visto que circunstanciou-nos os acontecimentos miraculosos da ressurreição so Salvador.

— S. Greg. (sur Esequ., hom. 4.) O início de cada Evangelho atesta a verdade da interpretação simbólica: O homem é a figura perfeita de São Mateus, porque começa o Evangelho na geração de Jesus Cristo como homem; o leão é a de São Marcos, pois que abre sua narração pelo grito no deserto; o touro a de São Lucas, já que inicia pela descrição do sacrifício; a águia é São João, por começar na geração eterna do Verbo.

— S. Agost. (da harmonia dos Evang., liv. 1, cap. 6.) Pode-se dizer também que o leão é figura de São Mateus, porque ele mostrou com brilho a realeza de Jesus Cristo; o touro é a de São Lucas, porque esse animal é uma das vítimas propiciatórias; o homem é a de São Marcos, pois, mesmo que não relatasse a descendência real ou sacerdotal do Cristo, apegou-se à sua humanidade. Os três animais, o leão, o touro e o homem, vivem e se movimentam sobre a terra: assim, os três evangelistas representados neles ocuparam-se sobretudo dos feitos do Cristo sob o cariz mortal. São João, todavia, toma o vôo da águia e divisa a claridade do ser imutável com os olhos argutos do coração. Pode-se tirar daí que os três primeiros evangelistas trataram da vida ativa, e São João da vida contemplativa.

— Remi. Os doutores gregos vêem São Mateus na figura do homem, pois ele escreveu a genealogia humana de Jesus Cristo, no leão, São João, pois, como o rugido do leão atemoriza todos os animais, assim fá-lo São João com todos os heréticos; na figura do touro, São Lucas, porque esse animal é uma das vítimas sacrificiais, e também esse evangelista fala amiúde do templo e do sacerdócio; na águia, São Marcos, visto que nas Santas Escrituras, a águia representa de ordinário o Espírito Santo (Dt 32, 11 ; Ez 17, 3 ; Os 8, 1) que falou pela boca dos profetas, e também pelo texto profético logo ao início desse evangelho.

— S. Jerônimo. (a Eusébio, prólogo do Evang.) Se se trata do número dos Evangelistas, convém observar a existência dum grande número de escritores, redatores de evangelhos, de acordo com o testemunho do próprio São Lucas: “Pois muitos se dedicaram a pôr em ordem” etc.. Até hoje possuímos provas substanciosas desse grande número de Evangelhos, escritos por diversos autores e fontes de diversas heresias, tais como os evangelhos segundo os egípcios, segundo São Tomé, segundo São Bartolomeu, os evangelhos dos Doze Apóstolos, o de Basilíades, o de Apeles, e outros mais, cuja enumeração seria demasiado longa. Mas a Igreja de Deus, erigida sobre a pedra pela Palavra do Senhor, e dada à existência para ser como o paraíso terrestre com seus quatro rios, orna-se de quatro aros doirados em seus quatro vértices, de modo a ser conduzida sobre quatro varas móveis, semelha à arca do Antigo Testamento, depositária e guardiã da lei divina (Ex 27, 3 ; 25, 12). S. Agost. (do acord dos Evang., liv. 1, cap. 2.) O número quatro pode-se associar também aos quatro cantos da terra, por onde se estende o domínio da Igreja de Jesus Cristo. Ora, a ordem assinalada aos Apóstolos, para dar conhecimento e prédica do Evangelho, não é a mesma seguida pelos escritores sagrados. Os primeiros convocados a conhecer e pregar a verdade são os que seguiram o Senhor em sua vida mortal, escutaram seus ensinamentos, testemunharam seus milagres e receberam da mesma boca a ordem de pregar o Evagelho. Mas, se versamos da composição dos Evangelhos, ordenados certamente por disposição divina, dois dos apóstolos escolhidos por Cristo antes da paixão, São Mateus e São João, ocupam respectivamente o primeiro e o último lugar. Os dois outros evangelistas não eram desse número, mas seguiram Jesus Cristo nas pessoas dos dois Apóstolos [São Pedro e São Paulo], que os receberam quais filhos, e foram postos entre [São Mateus e São João] para que se sustentassem pelos dois lados.

— Remi. São Mateus escreve o seu Evangelho na Judéia, sob o reinado do imperador Calígula; São Marcos, em Roma, Itália, sob o reinado de Nero ou de Cláudio; São Lucas, na Acaia ou na Beócia, sob às instâncias de Teófilo; São João, em Efésio, na Ásia Menor, sob o reinado de Nerva.

— Beda. É verdade que falam em quatro Evangelistas, mas, antes que fossem quatro os escritores, era uma, só e somente só, a verdade dos quatro livros. Assim dois versos, que versam sobre o mesmo tema, diferentes todavia em expressão e medida, e não por isso deixando de apresentar um só e mesmo pensamento, assim os livros dos Evangelistas, em número de quatro, mas contendo um só e mesmo Evangelho, portadores duma só e mesma doutrina sobre a fé católica.

— S. Cris. (hom. 1 sobre S. Mat.) Bastava a um só Evangelista narrar todos os feitos da vida de Jesus Cristo, mas vendo-os, todos quatro, conservar a mesma linguagem, ainda que separados por tempo e espaço e impossibilitados de se concertarem, demonstra-se assim peremptoriamente a verdade. As divergências aparentes são, ademais, grande prova da veracidade, pois se em tudo se acordassem, nossos inimigos poderiam dizer que houve avença no que escreveram. Não há entre eles a menor diferença no essencial, naquilo que tem por objeto as regras de moral e a pregação da fé. E se um nos conta alguns milagres, e o outro aqueloutros não contados pelo primeiro, não vos turbeis. Se um só houvesse contado todos os milagres, a narração feita pelos demais tornar-se-ia inútil; mas, pelo contrário, como sempre contaram diferentes milagres, poderiam inventar a unidade admirável existente entre eles? As variantes no tempo em que se passaram os fatos ou no modo como se deram não destroem em nada a verdade da narração, como mostraremos a seguir.

— S. Agost. (do acordo dos Evang. liv. 1, cap. 2.) Parece que todos eles adotam um plano de narração em particular, como se ignorassem a narração daquele que o precedeu, omitindo os fatos já contados – todavia não o adotam. Eles escrevem segundo a inspiração recebida, coadjuvada pela útil cooperação de seus próprios esforços.

A Glosa. A sublimidade da doutrina evangélica consiste antes de tudo na excelência da autoridade de que emana.

— S. Agost. (do acordo dos Evang., liv. 1, cap. 1.) Entre os livros revestidos da autoridade divina, o Evangelho ocupa a justo título o lugar mais alto, porque os Apóstolos – seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador do mundo revestido da nossa natureza – foram seus primeiros pregadores, e também porque dois dentre eles, São Mateus e São João, tinham por bem consignar, em obras distinas, os fatos por eles testemunhados. Para que não pudéssemos fazer distinção de conhecimento e pregação entre evangelista e evangelista, entre os que seguiram Nosso Senhor e os que creram nos testemunhos, a Providência Divina dispôs os acontecimentos de modo que o privilégio não só da prédica, mas também do escrever o Evangelho, se desse aos discípulos dos primeiros apóstolos.

— A Glosa. A autoridade soberana do Evangelho vem de Jesus Cristo, é evidente. Essa é a declaração do profeta Isaias, já citado por nós, ao dizer: “Subi à alta montanha”. A alta montanha é Cristo, conforme o profeta em outro lugar: “A montanha sobre que se construirá a casa do Senhor, no final dos tempos, fundar-se-á por cima dos montes”, i. é, acima de todos os santos, chamados de montanhas – comparam Jesus Cristo também à alta montanha, porque todos nós recebemos de sua plenitude. Com razão, essas palavras, “Subi à alta montanha”, dirigem-se a São Mateus, pois, como dissemos acima, testemunhou em pessoa as ações de Jesus Cristo e aprendeu na sua escola a divina doutrina.

— S. Agost. (do acordo dos Evang., liv. 8, cap. 7) Temos de responder agora uma dificuldade que causa impressão a muitos. Por que, dizem eles, o Salvador não escreveu nada de si, e por que temos de dar fé à narração dos seus biógrafos? Respondemos: é falso dizer que o Salvador não escreveu, pois seus membros tão somente transcreveram o dizer de seu chefe; tudo o que nos quis transmitir de seus discursos e ações ordenou escrevê-los, guiando as mãos como se foram as suas.

— A Glosa. Em segundo, conforme o testemunho do Apóstolo, o Evangelho é sublime por virtude própria: “O Evangelho é a virtude de Deus, para a salvação dos que crêem”, como as palavras do Profeta, ditas mais ao alto: ‘”Elevai com força as vossas vozes”, palavras dando o modo por que se deve anunciar a doutrina, elevação esta indicando a claridade da doutrina.

— S. Agost. (a Volusiano, carta 3.) Todos tem acesso à linguagem simples da Santa Escritura, mas muito poucos são os que lhe penetram a fundo. Oferece sem artifícios as claras verdades contidas nela, como um amigo íntimo, tanto aos corações sábios quanto aos ignorantes. A Santa Escritura não levanta o véu de seus mistérios em socorro a palavras pretenciosas, próprias a afastar as inteligências sem instrução e de raciocínio lento, assim como o pobre é compelido a afastar-se do rico, mas convida a todos os homens, pela simplicidade da linguagem, a alimentar-se da verdade revelada, e mais ainda, a exercer a fé em meio à riqueza dos divinos segredos, seja usando expressões claras, seja cobrindo a verdade dum misterioso véu; e para que a claridade não cause fastio, o véu recobrindo-os excita os santos desejos, que lhes conferem um novo apelo e tornam-lhes mais suave à apreciação. Dessa forma, por um método salutar, os espíritos pervertidos são reconduzidos ao bem, os fracos nutridos, e os espíritos superiores cumulados de doce alegria.

— A Glosa. A voz que se eleva estende-se mais além. Vemos, nessa voz, a figura da pregação evangélica, a que Deus ordenou fosse levada a todos os povos, e não só a uma nação, conforme o preceito do Senhor: “Ide, anunciai este Evangelho a toda criatura”.

S. Greg. As palavras: “Toda criatura”, podem significar todos os povos da terra. — A Glosa. Em terceiro, a doutrina evangélica é sublime por sua liberdade inata.

— S. Agost. (contra Faust.) No Antigo Testamento, a Jerusalém terrestre, sob o influxo da promessa por bens temporais e da constante ameaça de maldições, gerava tão-só escravos; no Novo Testamento, a Jerusalém eterna, onde a fé acompanha-se da caridade, do sentimento do amor à justiça, e não do temor, gera os filhos libertos.

— A Glosa. Enxergamos a sublimidade da doutrina evangélica naquilo do Profeta: “Elevai a voz sem receios”. Sobra-nos examinar as razões que levaram São Mateus a escrever seu Evangelho, e a quem se destinava.

— S. Jer. (prolog. sobre S. Mat.) São Mateus escreveu seu Evangelho na Judéia, na língua hebraica, pois que se destinava sobretudo aos judeus que haviam abraçado a fé. Após pregar-lhes o Evangelho, ele o escreveu em hebraico, para perpetuar lembrança daquealas palavras na alma dos irmãos, de quem se separava; também havia mister de confirmar a pregação do Evangelho, e dar disso fé, e de combater os heréticos.

— S. Cris. (sobre S. Mat.) Eis a ordem em que São Mateus conta os fatos: em primeiro lugar, o nascimento de Jesus Cristo; em segundo, o batismo; em terceiro, a tentação; em quarto, a pregação; em quinto, os milagres; em sexto, a Paixão; em sétimo, a ressurreição e a ascensão. Ao nos apresentar tal ordem, Ele quis dar-nos, além do plano da vida de Jesus Cristo, o plano da vida evangélica. Nada valeria receber a vida de nosso pais, se Deus nos não desse novo nascimento pela água e pelo Espírito Santo. Ainda há-de se lutar com o demônio, após o batismo; ao triunfarmos, por assim dizer, de todas as tentações e tornarmo-nos capazes de instruir os demais, se estivermos prontos, devemos instruir e dar por exemplo à doutrina uma boa vida, tão convincente quanto os milagres; se somos apenas fiéis, devemos inspirar a fé por meio de obras. Devemos, afinal, sair da arena do mundo, e então a recompensa eterna e a glória da ressureição serão os prêmios dos combates e das vitórias.

A Glosa. No passo de tudo o que dissemos, vemos claramente qual o objeto do Evangelho, o número dos Evangelistas, os símbolos figurativos, as divergências, a sublimidade da doutrina, para quem se escreveu o Evangelho e a ordem adotada pelo escritor santo.

Nenhum comentário: