sexta-feira, 23 de maio de 2008

“Na margem, junta-se o que for bom”

De Santo Agostinho

Fonte

“Ele governará a terra com justiça, e os povos na Sua fidelidade” (Sl 95, 13). Que justiça e que fidelidade? Juntará em Seu redor os eleitos (Mc 13, 27) e separará os outros, colocando aqueles à Sua direita e estes à Sua esquerda (Mt 25, 33). Haverá coisa mais justa, mais fiel do que essa? Aqueles que não tiverem querido exercer misericórdia antes da chegada do juiz não poderão esperar dele misericórdia. Aqueles que tiverem querido exercer a misericórdia serão julgados com misericórdia (Lc 6, 37). Porque Ele dirá àqueles que tiver colocado à Sua direita: “Vinde, benditos de Meu Pai, recebei em herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo”; e atribui-lhes obras de misericórdia: “Tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber”, e por aí fora (Mt 25, 31ss.).

Porque tu és injusto, não há-de o juiz ser justo? Porque te acontece mentir, não há-de a verdade ser verídica? Se queres encontrar um juiz misericordioso, sê misericordioso antes que Ele chegue. Perdoa a quem te tiver ofendido; dá dos teus bens, se possuis em abundância. […] Dá o que dele recebes: “Que tens tu, que não hajas recebido?” (1Cor 4, 7). Eis os sacrifícios que são muito agradáveis a Deus: a misericórdia, a humildade, o reconhecimento, a paz, a caridade. Se isso levarmos, esperaremos com segurança o advento do juiz, desse juiz que “governará a terra com justiça, e os povos na Sua fidelidade”.

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